O setor de tecnologia é um dos que mais crescem no mundo. Dados da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brassccom) mostram que o mercado de trabalho está bombando. No Brasil, já são mais de 1,3 milhões de empregos no Brasil gerados. Mas, em relação à equidade de gênero dentro da área, há ainda um desafio.
"Desde cedo, as pessoas ‘aprendem’ que existem habilidades mais qualificadas como femininas e outras masculinas, e isso se traduz na escolha profissional. Quando ingressei na área de tecnologia sabia dos desafios que eu poderia encarar. Ao precisar de experiência e aprendizado prático na área não tardou para que eu caísse em um ambiente hostil", conta Aline Ribeiro, programadora da empresa de software Laborit.
"Sentia a todo momento que por ser mulher tinha que provar que era capaz, então tive que me esforçar para me adaptar, trabalhava longas horas extras, fim de semana, e escutava a todo momento coisas clichê do tipo "Porque você migrou de carreira mesmo? A tua sorte é que você é resiliente, eu no teu lugar já teria desistido".
"O ambiente é leve, acolhedor e de engajamento, fazendo com que eu me sinta à vontade. Há protagonismo feminino, estamos presentes em todas áreas e setores sem descriminação e isso faz com que eu me sinta mais confiante na minha capacidade em um ambiente seguro, inclusivo que tem me permitido um constante desenvolvimento pessoal e técnico", afirma.
À nível mundial, WoMakersCode - criada no Brasil -, a PyLadies e a Django Girls são exemplos de comunidades engajadas nesta transformação. Com isso, espera-se que o mercado de tecnologia, que no país conta com uma previsão de crescimento geral até 2024, tenha um perfil profissional cada vez mais diversificado.
Fonte: https://techpost.com.br/cultura-e-carreira/mulheres-na-tecnologia-um-caminho-para-o-futuro