Laboratoria e Zé Delivery: vamos contar essa história?

Jéssica Borsari
Posted by Jéssica Borsari on Mar 14, 2022 1:40:07 PM

Gostaria, através deste artigo, de convidar (e convocar) profissionais de Employer Branding, Recrutamento e Lideranças para conhecer a Laboratoria, que foi uma das principais e mais profundas parcerias que fizemos enquanto marca empregadora em 2021 no Zé (e olha que a lista é grande!).

Este artigo é muito menos para "vender"a iniciativa em si e muito mais para dizer o quanto eu acredito - enquanto pessoa e profissional de Employer Branding - neste movimento de capacitação e inclusão de pessoas na área de Tecnologia.

 

Tecnologia e Diversidade: um mundo de oportunidades

Bom, não irei entrar no mérito da nossa carência de profissionais no mercado de tecnologia, mas vou deixar aqui essa matéria da Canaltech. Resumidamente, hoje nós formamos menos profissionais do que a demanda no país, gerando um gap gigante.

Junte a isso que o cenário de Tecnologia hoje não reflete a representatividade do país que vivemos por diversaaaaaaaaas questões estruturais que já conhecemos (ou deveríamos). E isso é grave, viu, galera?

Tecnologia é a profissão do presente. Mais do que uma área, Tecnologia é uma ferramenta de transformação social, uma forma de criar o futuro, de construir novos produtos para melhorar a vida das pessoas. E como podemos falar de criar o futuro incluindo apenas homens brancos na construção? Como melhorar a vida de todas pessoas se elas não estão presentes na conversa sobre isso? Não rola.

Um recado para as empresas: Diversidade e Inclusão não é algo opcional. Faz parte da realidade do Brasil. Deve ser algo urgente e estratégico por N razões. Se adaptar a esse cenário indo na contramão das estruturas que temos hoje é obrigatório e deve fazer parte da construção, da estratégia, dos OKRs (Objetivos e resultados-chave) de qualquer organização.

Ah, e tecnologia tem um grande potencial para incluir pessoas, com uma cultura de aprendizagem diferenciada, que não exige MBAs, diplomas e diversas restrições que outras profissões exigem comumente - e sabemos que tantas exigências só contribuem para a exclusão estrutural de pessoas minorizadas de diversos espaços.

Opa, temos então um match... Apoiar a formação de pessoas minorizadas em Tecnologia parece algo que faz sentido, hein? SIM. FAZ. MUITO. SENTIDO.

Bora comigo saber mais!

 

Laboratoria

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Eu já tinha ouvido falar sobre a Laboratoria quando trabalhava na Loggi lá em 2020, pois sabia que havíamos contratado várias mulheres vindas da iniciativa para nosso time de Tecnologia (e foi um sucesso absoluto).

Inclusive tive a oportunidade de ajudar a construir e levar a história - fantástica - da Thalita com a Laboratoria para os canais de Marca Empregadora na época. Isso deixou meu coração bem quentinho, semente plantada.

Mas foi somente quando já estava no Zé Delivery que conversei com a Ana Laura Navarro e pude liderar, me aprofundar, me encantar, conhecer e mergulhar neste projeto do início ao fim - e com muita profundidade.

 

Começando do começo

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Resumindo um pouco do propósito da Laboratoria ao formar mulheres: contribuir com uma economia digital diversa, inclusiva e competitiva na América Latina (estão presentes no México, Colômbia, Peru, Chile e Brasil), abrindo oportunidades para que mulheres desenvolvam seu potencial e para que, dessa maneira, organizações sejam transformadas para transformar o futuro.

UAU, né? Um propósito desses, bicho...

Tá, agora joga os dados na mesa. Jogo. Porque os números são impactantes também. Mais de 2400 graduadas, mais de 950 empresas contratantes e +85% de empregabilidade. Sim, foi algo me impactou muito quando fui me aprofundar mais.

 

Tá, Jéssica, mas o que a Laboratoria faz de fato?

Para as mulheres: formação

Um bootcamp - programa intensivo - de 6 meses em que as alunas aprendem 5 dias por semana não só sobre aspectos técnicos (JavaScript, HTML, CSS, UX), como também aprendem sobre metodologias ágeis (SIM! Achei massa demais), modelo de trabalho em tribos e squads, desenvolvem soft skills como trabalho em equipe, feedback, comunicação. Elas só pagam uma pequena parte do curso após conseguirem um emprego na área de tecnologia.

Ao fim do programa, as mulheres estarão aptas a atuarem como desenvolvedoras front-end júniores (e das boas, viu?). Porque além de conhecimento técnico, o método de aprendizagem da Lab corresponde perfeitamente ao que as empresas esperam de profissionais, afinal, eles simulam um ambiente de startup/empresa de tecnologia desde o dia 1 - esqueçam os cursos tradicionais.

BOM, acha que acabou? Não não, tem muito mais.

Para as empresas: Talent match

É nesse momento que a Lab faz mais uma mágica acontecer: conectando as alunas a diversas empresas que buscam fortalecer a marca empregadora por meio de apoio a iniciativas que façam sentido e, claro, que buscam bons talentos para o time.

O que era o caso da nossa estratégia de Employer Branding do Zé. Que match, Brasil! <3

 

Laboratoria e Zé Delivery: O que rolou

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Em maio de 2021, levei a proposta de parceria para várias lideranças aqui do Zé. A Lab fazia muito sentido na época para nossa marca empregadora, afinal, um dos nossos pilares de estratégia de D&I era aumentar a representatividade de mulheres no Zé.

Fechamos a proposta depois de todo o apoio do Marcelo Malcher, nosso CTO na época. Ele já me disse várias coisas inspiradoras. Uma delas foi quando apresentei a Laboratoria pra ele. Ele me falou que, além do produto que estávamos construindo no Zé, precisávamos realizar muitas ações que fizessem sentido, formassem pessoas, contribuíssem para a comunidade tech e entregassem valor pra sociedade. Nunca esqueci.

Patrocinamos a iniciativa e o Zé foi anunciado como empresa patrocinadora, éramos oficialmente parceiros da Laboratoria. 🎉

Uhul, bora divulgar no Linkedin, mas e agora?

Agora, minha gente, é que a mágica acontece. É como sempre digo pro time (e pra todo mundo): todo mundo já conhece o logo do Zé. Pra que ficar patrocinando eventos, iniciativas e colocando o logo lá puramente por colocar?

Nossa estratégia de EB focada em Eventos e Parcerias no Zé diz muito mais sobre conexão, storytelling, impacto, estratégia do que simplesmente sobre um awareness raso. Não dá mais pra fazer Employer Branding de forma rasa, gente.

Encantamento e conexão

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Estivemos próximos das mais de 50 alunas durante os 6 meses de bootcamp. Isso mesmo. Tivemos encontros com elas para apresentar nosso time de Tecnologia, Recrutamento, Diversidade, de Employer Branding (óbvio que eu ia). Contamos sobre nosso modelo de negócio, estrutura, carreira, benefícios. Levamos muita gente daqui pra conversar com elas, assistimos apresentações de projetos do bootcamp, contamos abertamente sobre o dia a dia de trabalho, sobre o que iam encontrar por aqui, sorteamos também aquele cupom maroto em um dos encontros porque é sobre isso, né?

Ah, durante estes meses começamos também a ver algumas das alunas marcando presença em todos os nossos Meetups mensais de Tecnologia. Inclusive o Meetup de Qualidade, onde tivemos vários "imprevistos" (só quem viveu, sabe, Gabi).

Sim. Pudemos conhecer muito sobre as alunas, tanto tecnicamente quanto em termos de softskills.

Elas conheceram o Zé enquanto se capacitavam no bootcamp. Com profundidade, cuidado, carinho, transparência. E se apaixonaram. Digo isso com tranquilidade, tá?

 

Talent Fest: o Hackathon da Laboratoria

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

O momento mais esperado. O Talent marca o final do projeto. É uma espécie de Hackathon em que as alunas aplicam todo o conhecimento do bootcamp, trabalhando para resolver desafios propostos pelas empresas. Elas, são divididas em squads e tem 24h para codar, criar e apresentar uma solução. E obviamente convidamos nosso time de front-end aqui pra nos ajudarem a propor um desafio legal.

O desafio: criar uma aplicação web para venda de vouchers aqui do Zé. 👀

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

 

Foram 24h (quatro dias) para codarem e apresentarem os MVPs do projeto em formato de pitch. Elas fizeram isso sozinhas? Claro que não. Escalamos nossos times de Engenharia (devs e gestores) + time de People (Recrutamento e Employer Branding) para atuarem como mentores. A própria Laboratoria recomenda o número de pessoas, sugere horários de plantão e tudo mais. Conexão que fala, né?

Maria Voucher

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Sim, minha gente. Foi a partir desse Hackathon que surgiu o Maria Voucher. Ficamos impactadíssimos com essa solução. Além de funcionar (que era o requisito), o squad que trabalhou no desafio do Zé serviu criatividade e talento.

Sem contar que, durante as mentorias pro desafio, nós (time do Zé) conseguimos identificar skills técnicas (brabas do código) e soft skills poderosíssimas em várias das alunas (trabalho em equipe, comunicação, feedback, priorização, gestão do tempo, etc). Esse Hacka foi o melhor processo seletivo ever, porque quem sabe faz ao vivo, né?

 

Uau, né? O que mais?

Bom, o "final" dessa história nós já sabemos, né?

Queríamos contratar todas.

Não tô zuando.

Mas, pra conseguirmos recebê-las com a atenção correta e desenvolver da forma que se deve, fizemos um exercício de dimensionamento, olhamos para as estrutura, identificamos as squads que teriam demandas e batemos o martelo: contrataríamos 6 desenvolvedoras aqui pro Zé.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Foi quando envolvemos a liderança de Tech em uma força-tarefa, um processo seletivo diferentão, rápido e ágil, sem perder a qualidade e o essencial. Mesmo que a gente já tivesse acompanhado todas elas durante o Hackathon, nossa etapa de painel de Cultura, por exemplo, é obrigatória e sempre será.

Fora que seria importante trazer mais pessoas da liderança de Tech (além das que participaram do Talent Fest) pra nos ajudar. É sempre bom termos outras visões.

Marcamos as entrevistas. TODAS as mulheres que chamamos foram aprovadas e deram match técnico e cultural com o Zé. Sim, todas. 100%. Tivemos que fazer comitê, sofrer, priorizar, elencar quem chamaríamos pra chegarmos no número total de 6 contratadas pelo Zé.

Alguém duvida que fez toda a diferença estarmos há meses desenvolvendo esse relacionamento? Antes de escolhermos, sabíamos que tínhamos sido escolhidos por muitas delas. É nisso que eu acredito quando defendo tanto a importância de trabalhar nossa marca empregadora de maneira coerente e transparente.

 

Conclusão

Depois de tudo que eu disse, ainda tenho que concluir algo? rs

A conclusão é: vamo, galera, empresassss.

Bora conhecer a Laboratoria, pessoal. Bora conhecer e apoiar iniciativas maravilhosas focadas em formação de pessoas minorizadas. Deixo aqui embaixo o link de iniciativas incríveis além da Laboratoria que conheço e indico de olhos fechados:

Laboratoria

Afroya Tech Hub

Educatransforma

Afropython

Uma marca empregadora forte é aquela que FAZ, que não fica só no discurso, que gera impacto através de muito foco, empatia e estratégia.

É nisso que eu acredito e foi um pouco disso que eu quis trazer neste artigo. Obrigada por ler até aqui :)

Topics: Diversidade e inclusão, Mulheres em tech, Recrutamento, Brasil, Mulheres na tecnologia, Brazil, Parceria, Zé Delivery, Marca empregadora, Tecnologia e diversidade

    Perfis

    O mais lido

    O que é Laboratória?

    Na Laboratória trabalhamos para construir uma economia digital mais diversa, inclusiva e competitiva, que possa criar oportunidades para que cada mulher desenvolva seu potencial.

    ➡️ Saber mais

    Assine a nossa newsletter