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Minha experiência como facilitadora

Escrito por Equipo Laboratoria | Aug 25, 2020 7:58:00 PM

As empresas têm procurado adotar estratégias para garantir o desenvolvimento dos seus colaboradores e, consequentemente, alcançar melhores resultados organizacionais. 

O que fazemos na Laboratória é impulsionar esse potencial de maneira organizada e estratégica. Nossa proposta é baseada no entendimento das necessidades técnicas e culturais e não tão raro essas empresas nos procuram para realizarmos um bootcamp dentro das suas organizações a fim de transferirmos o nosso conhecimento para a empresa e, assim, formar seus colaboradores. E todo esse processo sempre nos remete a muitas reflexões.

É por isso que escrevo este artigo [meu primeiro artigo na Laboratória] com o objetivo de compartilhar um pouco sobre as aprendizagens na minha primeira experiência de treinamento além do nosso bootcamp.

Como começou a nossa história na Flex?

A Flex já era nossa parceira, e assim como nós, acredita que o talento humano é nosso grande recurso.  Foi pensando nisso que, em 2019, nos procurou para ajudá-la a selecionar mulheres com alto potencial dentro da própria organização e mindset apropriado para iniciar uma carreira na área  tecnologia.

Em seguida, a Laboratória treinaria essas mulheres nas habilidades digitais para um trabalho do futuro, o que seria complementado por uma formação da própria Flex em desenvolvimento de software alinhada com as tecnologias usadas na empresa. 

A transparência foi chave para essa parceria e, contar com uma equipe regional nos apoiando, foi fundamental. Por sorte, temos um time regional muito competente e sempre disposto a novos desafios. E sabe aquelas pessoas que te empurram para que você possa experimentar novas coisas? É esse tipo de gente que trabalha com a gente! 

Como foi o processo?

Desde que entrei na Laboratória tenho experimentado e experimentado...novas áreas, novos conceitos, nova forma de se trabalhar...Se tem alguém que pode dizer que sabe o que é pivotar uma carreira, essa sou eu.

Foi minha primeira experiência em dar um workshop neste assunto [só para mulheres] e não tinha noção da dimensão do que isso representava. Aproveitar bem o know how da equipe regional exigiu tempo e muita dedicação.  Antes de ministrar, estudei, entrei na nossa plataforma, pesquisei sobre o assunto [são muitos!]. Ninguém dá conta de acompanhar tudo: foram mais de 2 meses, muitos cursos e muito planejamento envolvido, afinal,para quem é um pouco ansioso, o ato de planejar é essencial para evitar uma pequena crise!

Preparamos a nossa plataforma de aprendizagem online para o conteúdo do curso. Editamos os textos em português e toda a equipe foi envolvida [foi a primeira vez que gravei um vídeo]. 

Mas se engana quem pensa que para ensinar basta ligar uma câmera e, que para aprender, é só assistir. Para o aprendizado ter os resultados esperados foi necessário planejamento e metodologia próprios. Eu tinha acesso direto aos conteúdos e às pessoas da regional. [Foi quando realmente percebi o quanto é maravilhoso trabalhar em uma organização que te permite experimentar]. O que a Laboratória faz é te preparar para o mercado, inclusive para as dificuldades que aparecem no nosso dia a dia.

Planejei bem meu conteúdo. O tempo era muito curto e as dinâmicas muito intensas... tudo isso requer experiência! E que bom que eu tinha a equipe ao meu lado! A cada olhada, a cada feedback, íamos nos ajustando. 

Fui muito aconselhada a escolher bem as palavras, a saber me posicionar. Mas foi a experiência dos feedbacks [recebi muitos durante o processo] que de fato me marcou. Não tinha me dado conta de como a Laboratória me permitiu descobrir novos caminhos e mudar tão rapidamente.

Olhava para aquelas mulheres e me sentia esperançosa. Acreditava nelas! Dava para sentir o potencial que elas tinham. Mas o medo pairava. E se não conseguisse passar para elas toda a mensagem? E se fracassasse? 

Tínhamos espaço para comentários, consultas, esclarecimentos sobre questões pouco claras. Simulamos as dinâmicas. E em todos os momentos (feedback, retrospectiva, user persona, hipóteses, priorização de ideias) trabalhamos de forma leve, com exercícios práticos e com o envolvimento dos facilitadores.

Foram mais de 300 mulheres envolvidas que ingressaram em nossa plataforma. Tiraram suas dúvidas e criaram suas hipóteses. Dessas, selecionamos 90 que receberam um workshop de duas horas. E 15 mulheres foram selecionadas (com base nas suas soluções tecnológicas para suas hipóteses), para receberem o nosso curso learning by doing. Foram mais de 12 horas de curso para essas mulheres incríveis, de diferentes áreas, e que queriam uma oportunidade em tecnologia. Trabalhamos com áreas tradicionais da empresa para ensiná-las a experimentar sob sua função atual, obtendo aprendizado validado com dados e, dessa forma, desenvolvendo uma cultura de aprendizagem contínua. Elas puderam compreender as características do ambiente digital e os conceitos básicos necessários para navegar no setor.

Quase todas nunca haviam tido qualquer contato com as áreas de tecnologia. 

E, como já mencionei, tivemos todo o apoio da equipe regional (e muita expectativa no Brasil). 

Estive lá para ensinar, mas posso dizer que aprendi muito mais. Aprendi que experimentar te traz uma sensação única! Aprendi a enfrentar meus medos e minha ansiedade. Aprendi a confiar nas pessoas e em mim mesma. Mas, acima de tudo, aprendi como é bom  a gente se reinventar! [Tive a sensação de estar fazendo aquilo que nasci para fazer, de estar no lugar e no caminho certos]. Tive esperança em poder contribuir e fazer de fato a diferença na vida daquelas mulheres por meio do conhecimento, ainda que fosse um primeiro passo. [É mesmo para se apaixonar].

Durante duas semanas essas mulheres trabalharam em equipes multifuncionais para realizar experimentos focados em agregar valor ao cliente. Apresentaram seus experimentos. Criaram protótipos que lhes permitiram aprender em pouco tempo, definindo prioridades ao criar um produto mínimo viável, e puderam tomar decisões com base em dados. Perceberam os conceitos aprendidos em uma cultura de experimentação e melhoria contínua, ensinando a "sair do prédio" de forma autônoma e independente.

Escutamos essas colaboradoras contarem sobre o processo de aprendizagem e o quanto estavam felizes. E a maneira como foram impactadas por esse processo pôde nos mostrar que estávamos, de alguma forma, no caminho certo. 

Depois da formação da Laboratória, essas 15 mulheres ainda passaram por um treinamento interno na Flex por dois meses e  10 foram convidadas a mudar de área. Duas escolheram permanecer onde estavam, mas com pensamentos e atitudes completamente diferentes. Carregaram consigo as aprendizagens. Mudaram sistemas e comportamentos.

Esses são apenas alguns exemplos de incríveis mulheres que agora atuam em tecnologia e isso nos mostra a importância do lado feminino nas criações e desenvolvimento. 

Sabíamos que tinham pontos a serem melhorados e pontos que foram absolutamente incríveis e, por isso, quisemos fazer uma retrospectiva com a empresa. Mas falar com a empresa não era demais naquele momento? Pois digo: não, não foi demais. [Essa é mais uma prática da Laboratória que sempre surpreende: pedir feedback e considerá-los de fato!]. Claro que ouvimos críticas e pontos de melhorias. Mas também ouvimos como foi incrível o programa. Como viram suas colaboradoras serem impactadas em tão poucos dias. 

Esse projeto foi marcado pela intensidade, direção, persistência dos esforços de uma parceria entre Laboratória e Flex para o alcance de uma única meta: tornar o mundo de tecnologia mais diverso e inclusivo, valorizando o capital humano dentro da própria organização. 

Teve muito conteúdo sobre transformação digital, criatividade e futuro das empresas, além da falarmos sobre como será o mundo nos próximos anos...Mas, mais do que isso, teve algo em comum nas diversas falas: o compartilhamento de conhecimento [mundo mais aberto] e a importância de se valorizar o capital humano dentro da organização. [empresas serem mais socialmente responsáveis]. 

Sim, valeu a pena! Valeu a pena por estar próxima daquelas que só se viam através de telas, para reforçar a auto aprendizagem, para conhecer o ecossistema de inovação, para entender que é um caminho sem volta! O resultado positivo foi fruto do foco no cliente e do engajamento incrível desse time. E agora fica a vontade de replicar em outras empresas.

A era digital chegou, aceitem ou não. Muito além da tecnologia, é uma era da colaboração, empatia, criatividade, sustentabilidade e propósito! Meus amigos, se preparem, vamos fazer parte de uma era incrível e precisamos estar preparados!

Quer ver e conhecer o que podemos fazer pela sua organização? Será um prazer receber um e-mail.