A importância da diversidade nas equipes de tecnologia não é mais entendida apenas como um objetivo simbólico, mas como a chave para o crescimento e sustentabilidade das organizações.
Ter diversos colaboradores não é bom apenas para as pessoas, mas também para os negócios. É o que mostra um estudo realizado pela KPMG 2021 CEO Outlook com mais de mil CEOs de todo o mundo. 56% deles admitiram que sua organização pode ter dificuldades para lidar com as crescentes expectativas de inclusão, diversidade e equidade do público, investidores e governos. Além do desafio em termos de expectativas, as empresas estão percebendo que incluir mais mulheres - especialmente em suas equipes de tecnologia - não apenas as ajudará a cumprir suas cotas, mas também impulsiona seu crescimento e desenvolvimento.
Depois de várias lições, a indústria de tecnologia já constatou que a falta de diversidade nas equipes de desenvolvimento e inovação leva à criação de produtos com vieses, baseados em estereótipos e que não atendem às necessidades da diversidade dos usuários. Por isso, perceberam também que esse problema tem consequências econômicas e que poderia ser evitado com estratégias efetivas de inclusão, principalmente para promover a carreira de mulheres em cargos de chefia. Com mais diversidade, a empresa consegue ter pessoas diferentes pensando e refletindo sobre um único tema, trazendo diferentes olhares e garantindo produtos e serviços muito mais versáteis e inclusivos.
No caso da indústria de tecnologia, uma das lacunas mais importantes é a de gênero. Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Informática (INEI), menos de 10% das mulheres trabalham no setor de tecnologia no Peru e apenas 8% preferem seguir uma carreira relacionada à computação. Trabalhar para fechar essa lacuna não apenas traz mais mulheres talentosas e potenciais para um setor em crescimento com boas oportunidades, mas também oferece às empresas uma amplitude de perspectivas e formas de trabalhar que são de grande valor na criação de soluções digitais.
Em 2018, um estudo do Boston Consulting Group descobriu que as empresas com maior diversidade em suas equipes de liderança, relataram retornos 19% maiores em inovação do que empresas com menos diversidade. Por outro lado, as empresas com menor percentual de pluralidade de gênero apresentam até 33% mais resultados negativos do que as mais diversificadas.
“As empresas estão cada vez mais entendendo a importância de ter equipes diversificadas, onde a presença feminina é fundamental. Políticas de diversidade, inclusão e equidade ganham cada vez mais relevância em suas estratégias e objetivos, o que vem gerando não só conscientização, mas também prioridade no recrutamento de mulheres para as áreas de tecnologia e na incorporação de programas para fortalecer sua liderança e presença nessas áreas que, na maioria das vezes, são díspares”, comenta Daniela Jaramillo, Head de Empregabilidade da Laboratoria.
